Peças ...
Peças soltas...
De uma vida esquecida,
De contornos entre azul celeste, e outra cor que não sei dizer
Pedaços sorridentes, de coisas mal esquecidas,
Sorridas, choradas, sentidas
Em que as peças ficam sempre á tua mercê...
Como quem lê,
Um livro que faz chorar
Pega-as, junta-as, solda-as...
Molda-as nessas mãos de magia
Em que eu um dia repousei
Faz dos feitos sem importância, uma história de AMOR
Daquelas que os livros falam, com princesas e cavalos alados...
Com vestidos e tiaras,
Dos sonhos mais lindos de se viver...
Junta na tua mão as peças,
Que compõem este coração, alimentado de ilusão,
E que sorri, ainda sorri, perante coisas singelas...
Como uma janela, aberta sobre o Mar...
E sonhar... sonhar ... sonhar!
Ana Cardoso