terça-feira, julho 04, 2006

Estados de uma Alma ...


É complexo o momento, em que olhamos para trás, e aquilo que tinhamos praticamente a certeza que era... afinal não o é... desilusão das desilusões, mais uma...não falo de amores, nem de ódios ... nem sequer de relações expontanêas e casuais ... falo de um tipo de relação que para mim, é para toda a vida ( pensava eu ) a AMIZADE ... um amigo, não se escolhe, embora se diga que sim, que devemos escolher os amigos que queremos ter... eu acho que não!
Um amigo, tem sobretudo que ser conquistado!
Seria então, tão fácil, chegar e dizer:
- Tu, tu e tu ... agora são meus amigos.
E um dia, num momento menos bom diriamos:
- Olha, tu já não és mais meu amigo!
Dá-me sinceramente, vontade de rir, a facilidade com que o exemplo acima dado por mim, é utilizado frequentemente (sorrindo)... embora seja um absurdo do tamanho de um combóio ... muita gente funciona assim.
Um dia são os melhores amigos, no dia seguinte odeiam-se...
Mas isso, quanto a mim, não são amigos... são meros conhecidos. A facilidade com que se emprega a palavra AMIGO é triste... uma palavra com este tipo de valor, não deveria de ser usada em vão!
No ínicio, é tudo tão bonito... estão todos de acordo (cinicamente em alguns casos), partilham gostos, cores e sons, a meio um dos dois começa a ficar farto do outro e vai deixando de aparecer com a frequência que havia até então, no fim acontece uma coisa gira que me aconteceu a semana passada ( gira sem graça nenhuma)... tive uma pessoa(que não interessa se é homem ou mulher, nem tão pouco quem é), que eu tinha essa pessoa como amiga, mas tinha mesmo... acreditei sempre nessa pessoa, como amiga e como pessoa... embora as vezes sentisse que a pessoa não acreditava nela própria em alguns momentos menos bons da sua vida, mas eu sim, eu sempre acreditei :) há pouco tempo, como é normal, começaram a surgir novas amizades, e eu senti que fui deixada um pouco no canto, mas como não é do meu feitio reclamar, deixei que assim ficasse, até que essa pessoa sentisse a falta da minha palavra amiga( que nunca foi baseada em cinismo, em momento algum) ...
Quando um dia essa pessoa, me perguntou o que se passava, eu sinceramente disse-lhe aquilo que disse atras, que sentia novas amizades, e que simplesmente lhe estava a dar espaço para essas amizades, mas que nada mudava, que eu estava sempre ali para ela como amiga...
Acreditam que não gostou da minha sinceridade?
Deixou de me dirigir a palavra, chamou-me de infantil e de cínica.
Fez uma coisa, quanto a mim grave ... comentava neste blog, como tantas outras pessoas, sempre dando uma palavra de incentivo, sempre dizendo que gostava muito do que eu escrevia... no fim da conversa, referiu que afinal o meu blog era lamechas e sem graça e estava farto de ler uma pessoa que parecia que escrevia a morrer de amor ... Para quem me chamou de cínica, ainda não deve ter visto muito bem o que fez ( rindo)
Eu pelo menos nunca o fiz, não me sinto cínica, tudo o que disse foi sincero, foi de coração e não para parecer bem ou por favor.
Este desabafo, tinha que sair ... respeitei identidades, e fi-lo sem ofensas, estimava muito esta pessoa, e mesmo já não sendo sua amiga, agradeço-lhe todos os bons momentos em que rimos e conversamos, e desejo-lhe tudo mas tudo de bom pela vida fora.
Se tiverem, amigos, amigos mesmo, daqueles que são verdadeiros, estimem-nos.
E tentem nunca empregar a palavra AMIGO em vão.
É bonita e especial demais, para ser estragada!!
Ana Cardoso

Um pouco de mim ....